É impressionante, mesmo em pleno século XXI eu ainda vejo tamanha brutalidade e falta de conhecimento da palavra de Deus!!!
Vou contar mais uma experiência, mas antes não posso me esquecer de dizer que sou estudante de Serviço Social, aluno da Universidade Federal Fluminense, pesquisador sobre relações de gênero e me formo este ano. É a partir daí que começa toda a minha história....
Nesses últimos anos, fiz algumas pesquisas informais que me intrigaram, pesquisei sobre o número de homens evangélicos e de outras religiões que estavam envolvidos com violência doméstica e fiquei barbarizado ao saber que 45% de homens que agrediam suas mulheres e filhos eram evangélicos, isso comparado aos católicos, testemunho de Jeová e espíritas. Logo fui querer entender o porquê de tamanha brutalidade, pois alguns casos eram bizarros, percebi então, que muitos se baseavam nas palavras “submissão, honra, domínio e cabeça” prontamente entendi que estes homens não conheciam a verdadeira palavra de Deus. Claro em momento nenhum deixei de considerar a violência que estes homens sofrem que é a violência estrutural e que de certa forma é a propulsora das demais violências, mas também não deixei de considerar o subjetivo do indivíduo, entendendo que este se constitui em meio as relações que são estabelecidas entre si.
Indo um pouco mais a fundo também enxerguei outras palavras que intrinsecamente estavam no meio dessas relações de abuso de autoridade e violência, a palavra “correção” baseados no entendimento que deve-se corrigir o seu filho fisicamente e que a partir dessa visão muitos pais agrediam brutalmente seus filhos. De certa forma estas palavras sempre circularam na sociedade com um cunho educativo, querendo provar muitas das vezes a virilidade e a “Machesa” do homem e aceita pela sociedade como naturais, porém nunca foi natural em nenhuma dessas religiões citadas acima a violência e a falta de amor.
Entendo perfeitamente que ainda hoje muitos homens são ensinados erroneamente sobre a palavra de Deus, só não consigo entender como mesmo depois do erro (frequentimente cometido) eles ainda se consideram seguidores do evangelho ou filhos de Deus. Muitos sabem da verdade, mas ainda sim se baseiam na tipologia do homem que tem o domínio da relação e de maneira nenhuma admitem ser desonrados de alguma forma.
Fiz questão de escrever sobre isso, porque sei que isso é velado em muitas igrejas, muitos não dão a devida atenção, pois entende que em casos de marido e mulher ninguém pode “meter a colher” mas estamos enganados, somos todos filhos de um mesmo Deus e parte de um mesmo corpo, onde a cabeça é Cristo. Se o casamento é sagrado (como acredito ser) ele deve ser regido pelas leis: do amor, do companheirismo, da sinceridade, da lealdade e fidelidade e de maneira alguma violência, superioridade e falsa sensação de poder.
Sei que muitos crentes irão ficar pouco satisfeitos com essa postagem, mas sei que a grande maioria dos filhos de Deus, leitores do meu blog, vão concordar, pois não admitimos em momento nenhum tamanha barbaridade e falta de amor.
Fica a dica......
Conhecereis a VERDADE é ela Te LIBERTARÁ....
Se nós não falarmos, outras pessoas falarão e poderão incutir em nós modos e comportamentos de vida que depois não teremos a capacidade de debater pois fomos omissos.
A Omissão é um erro!